Natal, simplesmente Natal - Frei Almir Ribeiro Guimarães
Olá, meus amigos. Está tudo preparado. O comércio está ainda esperançoso de vender este ano um pouco mais do que no ano que passou. Nesta quadra do ano costumamos ter vivências muito bonitas e que nos enchem de alegria. Até certo ponto. Há a ceia familiar, as saudações via internet, face book...os enfeites dourados, próprio dos países do norte ou deste país tropical. Os shoppings centers se tornam espaços diria, deslumbrantes: guirlandas, anjos e arcanjos, água que corre de fontes luminosas, cores, luzes...claro, claro coisas também da sociedade que é a nossa consumista. Compreendo. Nada tenho contra a ceia e os presentes, desde que, é evidente, não exageremos. Pode ser que, por detrás de tudo isso, de nossas preocupações, de nossas correrias o mistério do natal fique esquecido ou timidamente manifestado numa manjedoura modesta com uma imagem do menino.
O mistério do Natal é uma criança, uma criança como tantas crianças da face da terra, uma criança que precisa dos seios generosos de sua mãe, que dorme, que chora, que sorri. E por detrás desse menino está a estonteante beleza do Altíssimo, Onipotente e bom Senhor. Aquele que não cabe nos nossos pensamentos, que a tudo cria, que a tudo sustenta e dá força... O Bem, o Sumo veio beber da águas de nossas fontes, sentar-se à nossa mesa, ver as nossas flores, abraçar nossas crianças, sonhar nossos sonhos e morrer a nossa morte.
Tudo é fragilidade na cena do Natal. Uma mulher muito jovem, um carpinteiro de mãos calejadas, os animais da estrebaria, uns pastores jovens e outros com mais idade e os que se achegam desta cena tirando as sandálias dos pés saúdam a chegada de Deus para viver nossa aventura humana. Antes dos presentes, da ceia, das compras e vendas, da comida e e da bebida será preciso que nos demos conta do absurdo que acontece...Deus se torna fragilidade. Ele o faz para que nós possamos sdr fortes. Natal é festa de um comercio diferente: a divindade vem morar em nós e nós somos convidados a ser deuses. Por isso Natal precisa ser festejado. O Menino das Palhas é o centro da festa.
Francisco de Assis quis celebrar o Natal ao vivo e a cores. Mandou que preparassem tudo : a manjedoura, os archotes, uma teatralização do nascimento do Menino. São Francisco se vestiu de dalmática cantou com voz sonora o evangelho do Natal. E Tomas de Celano escreve: “De fato era uma voz sonora convidando a todos às alegrias eternas. Depois pregou a povo presente, dizendo coisas maravilhosas sobre o nascimento do Rei pobre e sobre a pequena cidade de Belém. Muitas vezes quando queriam chamar o Cristo Jesus, chamava-o também muito carinhoso de menino de Belém, e pronunciava a palavra Belém como o balido de uma ovelha enchendo a boca com a voz e mais ainda com a doce afeição. Também estalava a língua quando falava “menino de Belém” ou “Jesus”, saboreando a doçura dessas palavras”.
Desejo a todos uma santa e bela festa do Natal.
Paz e todos os bens. Nasceu para nós um menino e sua mãe o envolveu em faixas.