Cadastre-se para receber novidades
Home » Dúvidas sobre Fé, Igreja ou Espiritualidade?. Faça sua pergunta que o Pe. Cido responde

Dúvidas sobre Fé, Igreja ou Espiritualidade?. Faça sua pergunta que o Pe. Cido responde

Nome:
E-mail:
UF:
Cidade:
* Pergunta:
Pe. Cido Pereira
Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação em São Paulo , Diretor do jornal "O São Paulo" e apresentador do programa Bom dia Povo de Deus na rádio católica 9 de Julho.
 

 

Lilian pergunta:

Oi Padre boa tarde. Primeiro gostaria de contar a historia para depois fazer a pergunta vamos lá. Uma mulher se envolve com um homem casado e ela engravida o homem continua casado. Eles resolvem batizar a criança, A igreja catolica diz que para ser padrinhos ambos tem que ser casados na igreja ou solteiros nao pode de maneira alguma serem juntos. Pergunto Padre Eles podem batizar a criança nesta situação em que eles se encontram o homem e mulher vivendo em adulteio. E esta mulher ja tem outro filho que pretende batizar tambem, na hora do batismo o padre chama pai de fulano e pai de beltrano filhos da mesma mae. Eu acho tudo isso muito errodo mas queria a opiniao de quem intende do assunto. Obrigado pela atenção Padre fique com Deus.

Padre Cido responde:

Lilian, um caso complicadíssimo este a que você se refere. E o batizado destas crianças vai depender muito da preocupação pastoral do pároco que deverá realizar o batismo.
A primeira coisa a ser levada em consideração é que, não importando quem é o pai, quem é a mãe, toda criança que vem a este mundo tem o direito de ser batizada. Ninguém tem o direito de negar a alguém a graça do batismo, seja qual for a situação familiar de pessoa que vai ser batizada. Acontece, porém, minha irmã, que o padre, com carinho, com respeito, tem que explicar aos pais que, justamente porque a situação deles é irregular diante da doutrina da nossa Igreja, os padrinhos devem ser bem escolhidos. É um ato de amor escolher bem os padrinhos para uma criança. Eu estou aqui pensando que estas crianças merecem um casal cristão como padrinho e madrinha, um casal que vai ajuda-las pela palavra, pelo testemunho, pela oração, vai ajudar seu afilhado, sua afilhada a viver a graça do Batismo, a ser verdadeir a filha de Deus, a entender o valor de uma família cristã. Se isso não acontece, se não se garante à criança a possibilidade de uma família cristã como quer Jesus, a família conturbada desta criança vai ser continuada da mesma forma.
É uma pensa que a família seja de tal modo desmoralizada hoje. Foi Deus que inventou a família, não foi o homem. E ninguém tem o direito de desrespeitar a própria família e a família do outro. Cuidemos bem da família, porque a humanidade só se transformará com famílias bem formadas, famílias oficinas de amor, famílias onde se ama e se é amado, famílias que são verdadeiras escolas de fé.
Eu sinto que no caso em questão, ainda há uma fé na beleza do batismo. Que está fé, porém, leve a atitudes concretas que ajudem as crianças a serem filhas de Deus.

 

ISABELA pergunta:

Boa tarde! A paz de Deus! Meu nome é Isabela, tenho 17 anos, sou e sempre fui católica praticante. Nesse ano de 2017, tive que sair de casa e mudar de estado para enfim cursar a faculdade de Direito. Em meio às tantas dificuldades que surgiram nessa nova vida adulta, uma pessoa apareceu no meu caminho e tem me causado grandes dúvidas. Moro sozinha em um apartamento de um condomínio e minha única companhia feminina nesse lugar é a de uma menina evangélica que estuda comigo. Quando descobri que ela era evangélica (Batista), não pensei que isso pudesse interferir na nossa relação de alguma forma, afinal, com respeito mútuo é possível coexistir com divergências. Não concordo com as escolhas dela, mas eu as respeito. O problema é q o contrário não acontece.Ela é uma pessoa complicada de se lidar, muito revoltada com tudo e com todos, mas também é bem contraditória. Ela já foi católica, a família toda é, mas por se sentir "excluída", decidiu abandonar a Igreja e procurar outros lugares. Por essa razão, eu jamais tocava no assunto "religião" com ela, pois tenho em mente que nada do que eu disser vai fazer com que ela abandone sua crença. Ela nutre um desprezo muito grande pelo catolicismo e deixa isso bem claro em nossas conversas. Sempre me atinge com abordagens de que eu não sei como me defender. Sempre questiona a virgindade e santidade de Maria e se Ela teve outros filhos, bem como a sua intercessão por nós. Sempre nos acusando de idolatria. Me questiona sobre os padres pedófilos, zomba dos sacramentos da Eucaristia e da Confissão. E o pior de tudo é que eu não sei como me defender disso, pois não tenho o mesmo tipo de "arma" que ela utiliza. Ela tem sempre uma passagem bíblica decorada para tudo, para provar tudo. Algumas, eu confesso, jamais ter lido. Resumindo: Ela parece ter um conhecimento bíblico centenas de vezes maior do que o meu. A impressão que eu tenho é a de que ela, assim como os demais irmão evangélicos, fica decorando passagens da Bíblia apenas com o intuito de usá-las contra nós, os católicos. Eu tento responder a maioria das afrontas dela, veja bem, a maioria. Tem coisas que eu não consigo responder e ela acaba por implantar dúvidas em mim. Acho até mesmo que o objetivo dela é me bombardear com essas falsas acusações sobre a minha igreja até abalar a minha fé. Vejo que pouco sei sobre a religião que sigo e que falta muito estudo para nós católicos. Como posso seguir uma doutrina que eu mal conheço, que eu mal consigo defender perante outros irmãos de outras crenças? Me senti até mal e culpada. Veja bem, a maioria dos evangélicos lê a palavra todos os dias e faz o estudo de acordo com a sua visão. E nós, católicos? Como somos acomodados!! Eu, por exemplo, não lia a Bíblia com frequência. Confesso que passei a ler agora buscando as respostas das dúvidas que a menina implantou na minha cabeça. A internet também tem me ajudado em alguns pontos, mas mesmo assim, tenho muitas dúvidas. Não sei se Maria teve outros filhos ou não, para mim isso não importa. O que importa é que sinto a presença forte dela em minha vida devido a uma experiência pessoal. Sei que ela está a cuidar de todos nós, seus filhos amados. Me entristece muito ver as pessoas que não conseguem sentir isso. Eu não sei o que fazer. Devo permanecer calada enquanto ela me afronta? Devo "devolver na mesma moeda" e começar a afrontá-la também? Devo decorar passagens bíblicas para discutir com ela? Nunca quis entrar em brigas religiosas com ninguém, mas sei que não posso deixar ela tomar conta da situação a ponto de chegar a abalar minhas convicções. Desde já, muito obrigada!

Padre Cido responde:

Nossa Isabela! Vejo que você está bem pressionada por esta jovem. E vejo também que você, sendo católica, teve uma leve iniciação cristã mas parou por aí, não cresceu na fé, não alimentou sua fé com a Palavra de Deus. Agora você aí está, tendo que responder a todos os questionamentos típicos dos evangélicos, particularmente dos que foram católicos e se apegam a determinados pontos para justificar seu abandono à fé que receberam de seus pais. E lá vem dúvidas sobre Maria, sobre a virgindade de Maria, sobre a maternidade de Maria.
Faça o seguinte, minha irmã. É hora de você dizer com todos os esses, que você respeita profundamente as escolhas e os caminhos que sua amiga fez, mas você exige também respeito pela fé que você recebeu no colo de sua mãe. Não há nada demais duas pessoas de credos diferentes viverem uma amizade bonita. Mas isto supõe respeito de ambas as partes.
Lembro a você nosso carinho por Maria, nossa certeza de que ela foi concebida sem pecado para poder gerar no seu ventre puríssimo o Cristo, o Cordeiro sem mancha; que ela foi mãe somente de Jesus, porque não fosse assim, onde estavam seus irmãos quando ele teve de confiar sua mãe ao discípulo que ele amava? Lembro a você que Maria é Mãe de Deus, porque não há dois Jesus, há um só, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Enfim, Maria está no céu em corpo e alma, porque seu corpo santíssimo que emprestou a matéria prima para o corpo sagrado de Jesus não poderia se decompor e ser ruído pelos vermes.
Não discuta, porém com sua amiga. Respeite a opção dela e exija respeito por sua opção. Deus a abençoe.

 

MARCIA pergunta:

Bom dia. Fui casada no religioso em 2000, separei em 2007, nunca casei no civil. Agora estou namorando e gostaria faz tudo certinho, religioso e civil. É possivel?

Padre Cido responde:

Márcia se você tivesse se casado só no civil no primeiro casamento, você estaria livre para se casar na Igreja em seu segundo casamento. Acontece que você ficou presa a um juramento do primeiro casamento. O vínculo matrimonial que aconteceu não pode ser rompido a não ser que haja sérios motivos que justifiquem a anulação desse primeiro casamento. E para verificação da nulidade do seu primeiro casamento você deve procurar o tribunal eclesiástico de sua diocese, no seu caso, Belo Horizonte. Como você pretende fazer tudo segundo manda a Igreja, peça a ajuda de um padre da sua paróquia ou comunidade. Certamente ele a encaminhará ao tribunal. Não é uma coisa complicada não, viu? E nestes tempos do Papa Francisco, os casais que sonham uma segunda união conforme o ensinamento da igreja encontrarão mais compreens&atild e;o ainda dos juízes dos tribunais. Faça as coisas direitinho Márcia. Não vá na conversa de quem lhe mostrar caminhos menos complicados, porém, não de acordo com o ensinamento da Igreja. Eu tenho certeza de suas intenções, do seu desejo de fazer desta vez tudo o que é devido. Vá atrás, portanto, e que Deus ajude você a chegar a uma segunda união pelo sacramento do matrimônio com mais seriedade e maturidade. Que Deus ajude você. se houver ainda alguma dúvida, escreva-me. Deus a abençoe.

LUIZ pergunta:

Um rapaz de 30 anos, bem empregado, que sempre sentiu um chamado a vida sacerdotal, se resolver ser padre e possuir bem imóvel (financiado) como deve proceder?

Padre Cido responde:

Luiz Sérgio, é bom ouvir de um pessoa a declaração de que sempre se sentiu chamado à vida sacerdotal.  A palavra “vocação” que dizer isso mesmo: um chamado de Deus que ecoa no coração da gente.

O fato de ter 30 anos e ser bem empregado não constitui impedimento para o sacerdócio. Há pessoas adultas de todas as condições sociais e de todas as profissões que de repente se sentm chamadas e dão o seu sim alegremente. É claro, meu irmão, que haverá um momento em que você terá que seguir seu rumo sem se preocupar com os bens deste mundo, com seu trabalho, com os compromissos que você tem.

O que fazer então? Não existem outros caminhos senão procurar quem possa ajuda-lo a discernir a sua vocação. Depois é preciso dirigir-se a quem na diocese cuida da Pastoral vocacional. Lembre-se que a filosofia e a teologia são imprescindíveis para quem deseja o sacerdócio. Mesmo tendo já nível superior de ensino, o sacerdócio exige uma preparação especial. Tudo isso deverá ser explicado a você no centro vocacional da diocese.

 

ANDRE LUIZ pergunta:

Sua benção Padre Por amor a Igreja e ao vosso ministério, sugiro explicar melhor a resposta que deste a Fernanda de Joinvile sobre a missa. O fato é que no final o sr afirma CONCORDAR COM ELA DE QUE A MISSA NÃO VALE SE NAO TIVER VONTADE, e isso sabemos não ser verdade. A missa tem valor em si mesmo, e a graça e o sacrifício não depende de quem assiste, mas do Cristo e do ministro Q oferece o santo sacrifico ao Deus eterno. Ainda mais, aquele Q vai se obrigando tem grande valor de perseverança, fidelidade e amor à Deus, que como o filho Q nega ir para vinha, mesma assim, obedece à vontade do Pai. Assim, sugiro encarecidamente que corrija a resposta, pois ela está correndo nas redes sociais e esta disseminando esse relativismo: "só vou a missa se eu tiver vontade" pois o padre Cido Pereira disse. Muito obrigado e peço à Virem Maria que o guarde sempre. Estou rezando pelo sr, e peço Q reze por mim. 🙏🏻

Padre Cido responde:

André Luiz. Eu mantenho tudo o que disse sobre aquela irmã. E digo a você que se alguém vai a uma missa porque é obrigação, que não vá. Se alquém vai à missa só porque existe um preceito, não vá. Se alguém vai à missa só para não cometer pecado, não vá. Ir à missa é uma resposta de amor ao amor revelado por Jesus ao se dar a nós no Santíssimo Sacramento.
Você demonstra ter um bom conhecimento sobre a doutrina da Igreja. Esquece, porém, que nem todos têm este conhecimento, porque não tiveram uma iniciação à vida cristã. É triste ver pessoas apenas de corpo presente mas o coração e a atenção longe do que acontece no altar. A riqueza incomensurável do Santíssimo Eucarístico se mantém mas não é aproveitada para quem está lá de mau humor, bocejando, não vendo a hora de tudo acabar, reclamando da demora. Um velho professor do seminário me dizia que quando a oração, a celebração é entendida como comprida demais é porque a fé é curta.
Sabe, André Luiz, eu sonho com cristãos que se sentem felizes de ir à missa, se sentem obrigados por tanto amor recebido.  Vou continuar ensinando isso ao jovens, adultos e idosos. Quem entende verdadeiramente o que é a Eucaristia se sente impelido a responder com amor ao amor recebido de Deus. Insisto então, que ir à missa sem vontade de pouco adiante. Mas entendendo que precisamos ajudar as pessoas a educarem sua vontade para querer o que Deus quer.
 

 

© Todos direitos reservados - Familia Missionária. design by ideia on